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"Balde de Fantasia", a crônica de Natal de Léo Borba


Foto: Léo Borba

- Feliz Natal!!! – Deseja o motorista ao passageiro, ainda na porta. - Obrigado. Pra você também, amigo! – Retribui o homem que senta no primeiro banco, com um sorriso de estranhamento.

O ônibus segue.

Pela janela os passageiros olham o trânsito intenso que flui pela manhã de dezembro. Veem, também, o sol forte que parece derreter o asfalto.

- Como você aguenta este calor, vestido assim? – Quis saber o passageiro do primeiro banco. - Com uma garrafinha de água e um balde de fantasia. – Responde o motorista, sem descuidar do movimento.

Por sobre o uniforme da empresa, a roupa vermelha, o gorro na cabeça; a barba de algodão que encobre o rosto. Nos olhos, um brilho de infância e a alegria de transportar, além de passageiros, lembranças e sonhos.

No terminal do centro, descem os que vieram, embarcam os que precisam ir. Antes de mais uma viagem, olha para a porta do ônibus e acena com um sonoro: -Feliz Nataaalll!!!

Foto: Léo Borba

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