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Europa em alerta: drones fecham o aeroporto de Munique duas noites seguidas e reacendem debate sobre segurança aérea

  • Foto do escritor: LaVoga
    LaVoga
  • 5 de out.
  • 2 min de leitura



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O Aeroporto Internacional de Munique, um dos mais movimentados da Europa, precisou suspender suas operações em duas noites consecutivas — quinta (2) e sexta-feira (3) de outubro — após a presença de drones não identificados ser detectada nas proximidades das pistas. Os incidentes provocaram caos entre os passageiros, dezenas de cancelamentos de voos e levantaram novas preocupações sobre a segurança aérea no continente.


Na quinta-feira, as autoridades alemãs ordenaram o fechamento total das pistas por volta das 22h30, depois que controladores de tráfego aéreo visualizaram drones voando próximo às rotas de aproximação. As operações só foram retomadas às 5h da manhã seguinte. Durante o período, 17 partidas foram canceladas, 15 chegadas precisaram ser desviadas para cidades como Frankfurt, Nuremberg e Viena, e cerca de 3.000 passageiros ficaram retidos no terminal. O aeroporto montou uma operação emergencial para acomodar os viajantes, com distribuição de cobertores, refeições e áreas de descanso improvisadas.


A situação se repetiu na noite seguinte. Na sexta-feira (3), novos avistamentos de drones levaram a uma nova interrupção das operações por volta das 21h30. Dessa vez, o impacto foi ainda maior: aproximadamente 6.500 passageiros foram afetados por cancelamentos e atrasos, e os voos só começaram a ser retomados na manhã de sábado, de forma gradual.


Esses dois episódios colocaram Munique no centro de uma série de ocorrências semelhantes registradas em outros países europeus nas últimas semanas. Dinamarca, Noruega, Bélgica, Polônia, Romênia e Estônia também relataram drones sobrevoando aeroportos e bases militares, levando a suspensões temporárias de voos e reforço da vigilância aérea. Em alguns casos, os objetos chegaram a violar o espaço aéreo restrito de zonas estratégicas, o que fez soar o alarme em órgãos de defesa nacional.


Diante da repetição dos incidentes, o governo regional da Baviera defendeu medidas mais duras. Entre as propostas está a autorização para que as forças de segurança possam abater drones suspeitos sem necessidade de autorização prévia, caso representem risco imediato às operações. O Ministério dos Transportes da Alemanha também estuda o reforço de sistemas de detecção e neutralização de drones em grandes aeroportos, tecnologia já utilizada em instalações militares.


Até o momento, nenhuma organização ou indivíduo reivindicou a autoria dos voos. As autoridades trabalham com diferentes hipóteses — que vão desde o uso indevido de drones civis até possíveis ações coordenadas com fins de espionagem ou provocação. Embora haja especulações sobre envolvimento estrangeiro, especialmente russo, nenhum indício concreto foi confirmado.


O episódio expôs a vulnerabilidade de aeroportos e outras infraestruturas críticas diante do uso crescente de drones, cada vez mais acessíveis e potentes. Para especialistas em segurança, a situação em Munique é um alerta claro de que a Europa precisa agir rapidamente para evitar que o problema se transforme em uma crise de maiores proporções.





 
 
 

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