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Europa enfrenta calor recorde: 8 mortos, escolas fechadas e monumentos interditados

  • Foto do escritor: LaVoga
    LaVoga
  • há 6 dias
  • 3 min de leitura

Por: Rô Wölfl/Alemanha


A Europa está sob uma das ondas de calor mais intensas já registradas, com temperaturas ultrapassando os 46 °C em diversas regiões. O calor extremo já causou pelo menos 8 mortes confirmadas, forçou o fechamento de escolas, levou à interdição de monumentos turísticos e tem gerado sérios alertas de saúde pública.


Situação crítica em diversos países


Desde o fim de junho, uma cúpula de calor — conhecida como heat dome — se instalou sobre o continente, prendendo o ar quente e seco, especialmente no sul da Europa. A cidade de Mora, em Portugal, registrou impressionantes 46,6 °C, um novo recorde nacional para o mês de junho.


Na Espanha, França, Itália, Alemanha, Reino Unido, Suíça, Grécia e Turquia, o calor tem ultrapassado os 40 °C em várias cidades, afetando milhões de pessoas.


Mortes confirmadas


Até o momento, foram confirmadas 8 mortes ligadas diretamente à onda de calor:

Quatro pessoas morreram na Espanha, incluindo dois agricultores vítimas de um incêndio florestal e uma criança deixada acidentalmente dentro de um carro.


Na França, duas pessoas morreram em decorrência do calor extremo.


Na Itália, dois idosos sofreram colapsos térmicos fatais enquanto trabalhavam ao ar livre na Sardenha.


Autoridades alertam que o número pode aumentar nas próximas semanas, especialmente entre idosos e pessoas em situação de vulnerabilidade.


Escolas fechadas e medidas emergenciais


O sistema educacional está sendo diretamente afetado:

Na França, mais de 1.300 escolas foram fechadas temporariamente devido ao risco de superaquecimento em salas de aula.


Em regiões da Espanha e da Itália, aulas estão sendo suspensas ou reduzidas. Algumas escolas têm adotado ensino remoto, mesmo durante o verão, como forma de proteger alunos e professores.


Em cidades como Roma, Lisboa e Madri, foram distribuídas orientações para que as escolas funcionem apenas em meio período, com ventilação natural e hidratação constante.


Alemanha, tem 40 °C previstos em algumas cidades — bancos de água fria foram instalados em parques públicos.


Suíça precisou fechar um reator nuclear na usina de Beznau devido ao aquecimento dos rios .


Reino Unido teve o junho mais quente desde 1884 e dias recordes em Wimbledon


Monumentos fechados


O calor extremo também impactou o setor turístico e cultural:


O topo da Torre Eiffel foi fechado ao público por questões de segurança térmica e risco de superaquecimento nas estruturas metálicas.




Em Bruxelas, o Atomium também foi parcialmente fechado.


Museus e centros turísticos em várias cidades europeias passaram a limitar o número de visitantes ou reduzir horários de funcionamento.


Incêndios e infraestrutura sob pressão


Além das mortes, há múltiplos focos de incêndio registrados, principalmente na Catalunha (Espanha), na Sicília (Itália), e na região de Esmirna (Turquia), onde mais de 50 mil pessoas foram evacuadas.


Na Suíça, uma usina nuclear foi obrigada a paralisar suas operações temporariamente, pois a água do rio utilizada para resfriamento estava quente demais para garantir a segurança da planta.


Causas e alertas climáticos


Especialistas afirmam que este tipo de evento climático extremo está se tornando mais frequente e mais severo por conta das mudanças climáticas. Segundo o serviço europeu Copernicus, a Europa está aquecendo cerca de duas vezes mais rápido do que a média global desde os anos 1980.


A Organização Meteorológica Mundial já classificou este evento como “um alerta do futuro”, reforçando que ondas de calor semelhantes serão mais comuns nas próximas décadas se as emissões de gases de efeito estufa não forem drasticamente reduzidas.


Impacto econômico


Relatórios recentes apontam que ondas de calor como esta podem reduzir o PIB europeu em até 0,5% ao ano. Segundo análise da Allianz, cada dia com temperaturas acima de 32 °C representa o equivalente a meio dia de paralisação econômica, devido à queda de produtividade, cancelamentos de serviços e impacto sobre o transporte e a saúde pública.


Ações emergenciais em curso


Governos locais e nacionais estão adotando uma série de medidas:

Centros de resfriamento estão sendo abertos em bibliotecas, shoppings e espaços públicos climatizados para acolher pessoas em risco.


Trabalhos ao ar livre estão sendo suspensos ou limitados em horários críticos.


Campanhas de conscientização foram lançadas para incentivar a hidratação e o cuidado com idosos e crianças.


Planos de evacuação para áreas de risco de incêndio foram ativados em dezenas de regiões.


A Europa está diante de um novo tipo de verão — mais quente, mais perigoso e cada vez mais frequente. O episódio atual é um lembrete claro de que a crise climática não é mais uma ameaça futura, mas uma realidade que já impõe perdas humanas, sociais e econômicas.


Sem ações estruturais e urgentes, o calor de 2025 poderá se tornar uma prévia do que será considerado normal nos próximos verões alertam os especialistas.

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