A atriz Patrícia Pinho conquistou o público interpretando Fátima. Mulher de Benê (Cláudio Jaborandy) e mãe de Olívia (Letícia Pedro/Débora Ozório). Querida por todos na Vila, alegre e de bem com a vida, Fátima viu sua vida mudar radicalmente ao saber que a Olívia era na verdade a filha que foi retirada ao nascer dos braços da mãe Eloisa (Paloma Duarte).
Enfrentar a mentira do marido sobre a origem da filha e revelar a verdade para Olívia e Eloisa, renderam cenas comoventes até icônicas dentro do universo da dramaturgia brasileira.
Hoje, a novela chega ao fim. E horas antes do último capítulo de "Além da Ilusão", escrita por Alessandra Poggi, com direção artística de Luiz Henrique Rios, Patrícia Pinho concedeu uma entrevista a jornalista Rô Wolfl da Alemanha.
Lavoga Compass - Patrícia como está sendo para você se despedir da personagem Fátima? Patrícia Pinho: Interessante. As gravações já acabaram mas a personagem ainda está no ar, muito diferente do Teatro - que estou acostumada. Mas essa sexta é o último capítulo da novela e aí sim, vamos seguir em frente. Nos despedir com tanto carinho dessa novela.
Lavoga Compass - Como você vê a repercussão da sua personagem Fátima e o drama vivido por ela com relação a mentira do marido sobre a origem da filha do casal, Olívia?
Patrícia Pinho: A Fátima também foi uma vítima desse patriarcado opressor que acredita que pode fazer o que quiser com a vida das mulheres. Eu não acredito que ela aceitaria tomar conta da menina, sabendo que a mãe sofria. Além disso a Heloisa é uma personagem muito doce, atenciosa que cuida de todos na vila operária. O mais lindo foi como a autora Alessandra Poggi solucionou a questão. Essas duas mulheres compartilham o amor da Olivia. Colaboram. E assim são felizes. Lavoga Compass - Você considera este papel um divisor de águas na sua carreira? Você pertenceu mais de uma década ao núcleo de humor da Rede Globo.
Patrícia Pinho: Sim. Fazer novela é ganhar uma visibilidade muito grande. Passei uma semana em São Paulo e fiquei impressionada como eu passei a ser reconhecida nas ruas. E receber o carinho do público é algo muito lindo. Muito enriquecedor. Eu passei mais de 6 anos com caracterizações muito pesadas: loira, ruiva, viking… vivi muitas caras no Zorra mas também é bom ter uma personagem que tem a minha cara. Muitas mulheres falam para mim: chorei com você. Emocionante.
Lavoga Compass - As cenas de revelação sobre a mãe de sangue de Olívia foram muito impactantes e emocionou o público. Você e a atriz Paloma Duarte (Heloisa) com certeza protagonizaram uma das cenas icônicas da dramaturgia brasileira. A interpretação tomou conta das manchetes de jornais e mídias sociais. Como você recebeu toda esta repercussão nacional?
Patrícia Pinho: Fiquei impressionada. Claro que a gente como atriz se empenha para que a cena seja forte, tenha poesia, tenha alma. Todo o trabalho de estudo da personagem, decorar, o jogo das atrizes e com a direção tudo foi muito satisfatório mas mesmo assim, a repercussão foi além do que eu esperava. Muitos elogios, muita gente se emocionou e torceu para aquelas mulheres. Como atriz eu sinto também o carinho de muitos colegas de profissão que me elogiaram. Eu fico feliz e espero que dê frutos - que mais personagens venham! Meu corpo e minha alma estão aqui para receber vocês.
Lavoga Compass - Qual mensagem vc e a personagem Fátima deixam para o público neste final da novela?
Patrícia Pinho: Adoção é um ato de amor.
Uma das cenas mais esperadas da novela: o momento que Fátima (Patrícia Pinho) conta a Heloisa (Paloma Duarte) que Olívia é a filha dela. Patrícia Pinho