Por Mauro Artur Schlieck, fotojornalista
No mínimo de luz a leveza dos movimentos, a concentração, a fé, a união, a equipe. Na coxia não há competidores. Bailarinos, coreógrafos, fotógrafos e cinegrafistas são uma só massa. Neste espaço ninguém vê ninguém. O foco é a concentração.
Por falar em foco: essencial para garantir a qualidade da fotografia, mas dificílimo de ajustar. Mas, neste campo restrito de tempo e espaço encontramos uma fresta. Por ela lanço meu esqueleto de fotógrafo com meus olhos de águia. Voo rapinando na fresta do tempo. Boca seca da sede e com os pés pra lá de sovados sigo anônimo na escuridão. Não quero ser visto, mas quero mostrar.
Caio quando perco um lance que renderia uma boa foto. Na maioria das vezes, o problema foi o foco. Me levanto quando sinto que a foto ficou boa. A hora de sair deste universo chega quando meu olhar já não vê mais o invisível. Quando meu olhar fica também fora de foco. Quando meus pés não me suportam mais.
Já é tarde…. Amanhã a dança da vida começa para todos nós.
Fotos: Mauro Artur Schlieck, fotógrafo