Imagem: Reprodução
Por: Juliana Steuernagel/Reino Unido
Por que há um conflito entre Rússia e Ucrânia ? Entenda a situação: A Ucrânia, que fez parte do império russo por séculos antes de se tornar uma república soviética, conquistou a independência quando a URSS se desfez em 1991.
Ela mudou seu legado imperial russo e forjou laços cada vez mais estreitos com o Ocidente.
A decisão do presidente ucraniano Viktor Yanukovych, de inclinação do Kremlin, de rejeitar um acordo de associação com a União Europeia em favor de laços mais estreitos com Moscou levou a protestos em massa que o afastaram do cargo de líder em 2014.
A Rússia respondeu anexando a península da Crimeia da Ucrânia e lançando seu peso por trás de uma rebelião separatista que eclodiu no leste da Ucrânia.
A Ucrânia e o Ocidente acusaram a Rússia de enviar suas tropas e armas para apoiar os rebeldes. Moscou negou isso, dizendo que os russos que se juntaram aos separatistas eram voluntários. Para acabar com o impasse (talvez), Putin quer que a Otan prometa nunca aceitar a Ucrânia (ou a Geórgia e a Moldávia) como membros. Ele quer que a aliança se afaste de países da “linha de frente” como Polônia, Romênia e Bulgária, ex-membros do extinto Pacto de Varsóvia.
Ele quer que o governo Ucraniano aceite o status de autonomia para a região de Donbas e abandone sua reivindicação à Crimeia (como parte dos chamados acordos de Minsk).
Putin quer limitar ou interromper as implantações no leste e sul da Europa de novos mísseis de médio alcance dos EUA.
Mais ambicioso ainda, Putin quer redesenhar a “arquitetura de segurança” da Europa para restabelecer a influência da Rússia e ampliar seu alcance geopolítico. Para a maior parte disso, os EUA dizem “não”.
Em resumo, a Rússia quer conquistar mais territórios europeus não só o Ucraniano. De acordo com as autoridades da Ucrânia mais de 14.000 pessoas morreram nos combates que devastaram Donbas, o coração industrial do leste da Ucrânia.
Por sua vez, Moscou criticou fortemente os EUA e seus aliados da Otan por fornecerem armas à Ucrânia e realizarem exercícios conjuntos, dizendo que tais movimentos encorajam os falcões ucranianos a tentar recuperar as áreas controladas pelos rebeldes pela força.
Além disso, o presidente russo, Vladimir Putin, disse repetidamente que as aspirações da Ucrânia de ingressar na OTAN são uma linha vermelha e expressou preocupação com os planos de alguns membros da OTAN de estabelecer centros de treinamento militar na Ucrânia. Isso, disse ele, lhes daria uma base militar na região, mesmo sem a adesão da Ucrânia à Otan.
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