Por Rada Rezedá/Salvador-BA
Além da Fé é um livro de história. Um livro da história da Bahia (e do Brasil) da primeira metade do século XX, e a protagonista é Irmã Dulce, a santa Dulce. Beatificada em maio de 2011, por Dom Geraldo Cardeal Majella, enviado especial do Papa Bento XVI, passou a ser reconhecida com o título de "Bem-aventurada Dulce dos Pobres". Em maio de 2019, com a conclusão do processo de canonização, o Vaticano anunciou que Irmã Dulce se tornaria santa.
Uma das personalidades mais revolucionárias do século XX, Irmã Dulce foi uma mulher à frente do seu tempo, e fez da sua vida uma trajetória de amor e serviço aos pobres e doentes. Em maio de 1959 fundou as Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), uma entidade filantrópica privada e sem fins lucrativos.
Nascida em 26 de maio de 1914, em Salvador, no Santo Antônio Além do Carmo, a santa brasileira também recebeu a alcunha de “Anjo bom da Bahia”. Ainda muito nova, assim que teve uma epifania e foi tocada pela mão de Deus, aos 13 anos, Irmã Dulce passou a acolher mendigos e doentes em sua casa, transformando a residência da família num centro de atendimento. A casa ficou conhecida como ‘A Portaria de São Francisco’, diante do número de carentes que se aglomeravam na porta. Também foi nessa época que ela manifestou o desejo de se dedicar à vida religiosa. Em fevereiro de 1933, logo após a sua formatura como professora, Maria Rita entrou para a Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus. Em 13 de agosto do mesmo ano ela se tornou noviça e recebeu o nome "Irmã Dulce" quando vestiu o hábito pela primeira vez.
Comments